Situações desesperadoras
Published by Adriana Neumann under on 5:39:00 PM
Sábado à noite. O rapaz é convidado a conhecer os pais de sua nova namorada, no jantar de família. Chegando lá, depara-se com a iguaria que mais detesta na vida: língua. E como se não bastasse, a mesma houvera sido preparada pela avó da donzela, especialmente para ele.
Serve-se de um pouco, começa a comer, a comida dança em sua boca e ele se enche de refrigerante para ajudar a descer. Depois de muito esforço, suando frio, termina a refeição e a doce velhinha exclama:
- Estou vendo que você gostou, filhinho!
E tasca mais duas colheres do quitute em seu prato.
O rapaz simples e educado, filho único, que não mencionou à família que sofria da síndrome do intestino irritável, começa a sentir-se mal, depois de encarar o segundo tempo. Ruídos começam a ser ouvidos, vindos de seu abdômem, e ele é tomado de um estado entre a vergonha perene e o pavor total.
Levanta-se bruscamente da mesa e corre para o lavabo, tão rapidamente que sua futura sogra não tem tempo de avisá-lo de que o recinto encontra-se em obras. Isso ele só descobre quando já está sentado no vaso sanitário e vê que não há papel higiênico. Começa a suar frio novamente, até que encontra a camiseta puída deixada pelo pedreiro, e se limpa.
Seguro de que nada mais de errado iria ocorrer, ele dá a descarga. O lavabo está em obras porque, dentre outras coisas, o sistema de descarga é antigo, com aquela caixa em cima do vaso e uma cordinha pra puxar, que nunca consegue fazer o serviço completo.
O rapaz fecha a tampa do vaso e puxa a cordinha. Levanta a tampa e percebe, horrorizado, que não havia descido tudo. Tenta puxar a cordinha mais uma vez e se lembra que tem que esperar a caixa encher. Aguarda e, nesse meio tempo, ouve socos na porta:
- Rapaz, está tudo bem?
É o sogro, diplomata aposentado e perfeito cavalheiro, quem pergunta.
Cinco minutos já se passaram. O rapaz puxa a cordinha novamente. Abre a tampa do vaso e percebe, desta vez em total desespero, que sobraram alguns resíduos. Não sabe mais o que fazer. O odor já ultrapassara os limites do lavabo e, nesse instante, já invade a sala de jantar e contamina o tiramisu que seria servido de sobremesa.
Não há mais jeito. O rapaz pula a janela e desaparece no meio da noite. Ninguém nunca mais o viu e sua namorada ainda o pranteia. Dizem que, nas noites de luar, um vulto é visto por aquelas paragens. Ele corre com as calças na mão e clama por um rolo de papel higiênico e um frasco de desodorizador sanitário.
Serve-se de um pouco, começa a comer, a comida dança em sua boca e ele se enche de refrigerante para ajudar a descer. Depois de muito esforço, suando frio, termina a refeição e a doce velhinha exclama:
- Estou vendo que você gostou, filhinho!
E tasca mais duas colheres do quitute em seu prato.
O rapaz simples e educado, filho único, que não mencionou à família que sofria da síndrome do intestino irritável, começa a sentir-se mal, depois de encarar o segundo tempo. Ruídos começam a ser ouvidos, vindos de seu abdômem, e ele é tomado de um estado entre a vergonha perene e o pavor total.
Levanta-se bruscamente da mesa e corre para o lavabo, tão rapidamente que sua futura sogra não tem tempo de avisá-lo de que o recinto encontra-se em obras. Isso ele só descobre quando já está sentado no vaso sanitário e vê que não há papel higiênico. Começa a suar frio novamente, até que encontra a camiseta puída deixada pelo pedreiro, e se limpa.
Seguro de que nada mais de errado iria ocorrer, ele dá a descarga. O lavabo está em obras porque, dentre outras coisas, o sistema de descarga é antigo, com aquela caixa em cima do vaso e uma cordinha pra puxar, que nunca consegue fazer o serviço completo.
O rapaz fecha a tampa do vaso e puxa a cordinha. Levanta a tampa e percebe, horrorizado, que não havia descido tudo. Tenta puxar a cordinha mais uma vez e se lembra que tem que esperar a caixa encher. Aguarda e, nesse meio tempo, ouve socos na porta:
- Rapaz, está tudo bem?
É o sogro, diplomata aposentado e perfeito cavalheiro, quem pergunta.
Cinco minutos já se passaram. O rapaz puxa a cordinha novamente. Abre a tampa do vaso e percebe, desta vez em total desespero, que sobraram alguns resíduos. Não sabe mais o que fazer. O odor já ultrapassara os limites do lavabo e, nesse instante, já invade a sala de jantar e contamina o tiramisu que seria servido de sobremesa.
Não há mais jeito. O rapaz pula a janela e desaparece no meio da noite. Ninguém nunca mais o viu e sua namorada ainda o pranteia. Dizem que, nas noites de luar, um vulto é visto por aquelas paragens. Ele corre com as calças na mão e clama por um rolo de papel higiênico e um frasco de desodorizador sanitário.
3 comentários:
Èita.... que situation.
Eu quase passei por uma dessas lá em Buenos Aires com chefe de marido pedindo 'matambrito de cerdo', quase morri quando ví o que era o prato. Uia... Graças a marido que viu meu pânico, me serviu de muita salada enquanto o outro prato não chegava.
Beijos
hahahahaha, cara tu tem cada história.... mas essa aconteceu contigo tbm, ou não?
Essa não aconteceu. Mas, é algo que ninguém tá livre né?
O que tem aí em comum comigo é que eu o-dei-o língua!
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