Estereótipo (2)
Published by Adriana Neumann under on 6:25:00 PM
Logo que chegou à danceteria, Paulo Otávio viu que aquele seria seu dia de sorte. Um monte de gatinhas, uma mais linda que a outra e pouca concorrência, já que elas eram a maioria.
Começou a olhar com mais atenção e teve a visão do paraíso! Aquela loira escultural não podia ser de verdade... alta, magra, com a pele levemente bronzeada e um olhos azuis que chamavam a atenção mesmo a quilômetros de distância. E o que era aquele corpo chamando para o pecado e aquele jingado no meio da pista de dança? Não! Definitivamente ele não sairia dali sem pelo menos tentar conquistar a beldade. Tomou coragem e chegou para perto dela, pensando que bonita daquele jeito ela devia ser meio burrinha e iria se encantar com sua rcém graduação em Direito e seu Audi parado no estacionamento.
- Oi gata!
- Oi - disse ela mascando seus chicletes e com uma vozinha ronronante.
- Qual é o seu nome, lindinha?
- Aline, e o seu?
- Paulo Otávio. Você é daqui?
- Sou.
- Trabalha, estuda?
- Estudo.
- Faz o que, gatinha?
- Física.
- Hhuuuummm, Educação Física, muito bom, saradinha, com tudo no lugar. Muito bem!
- Não, você se enganou. Eu faço Física mesmo, na Federal. Estou terminando meu TCC: "Os Indícios Observacionais da Radiação dos Buracos Negros Sob o Ponto de Vista do Determinismo Científico Segundo Laplace - Uma Visão do Futuro". Legal, né? - disse ainda mascando aqueles mesmos chicletes e sem parar de dançar.
- Ham-hum... bem, gatinha, eu tenho que ir ao banheiro, mas foi um prazer te conhecer.
- O prazer foi meu! Mas, você sabia que, enquanto danço, morrem várias nuvens de mésons virtuais que cercam cada núcleon e que, quando um nucléon é atingido por uma outra partícula que se move a uma velocidade elevada, parte da energia de movimento dessa partícula pode ser transferida para um méson virtual?
- Heeein?
- É que os mésons virtuais...
- Deixa pra lá gatinha, `tão me chamando no celular.
- `Tá bom. Prazer!
- O prazer foi meu.
E lá se foi Paulo Otávio para o outro lado do salão, buscando uma nova conquista mais, por assim dizer, normal.
E Aline jurou que aquela era a última vez que iria dizer a verdade. Na próxima iria se apresentar como recepcionista de academia. Afinal, a continuar daquele jeito, ia acabar solteirona.
Começou a olhar com mais atenção e teve a visão do paraíso! Aquela loira escultural não podia ser de verdade... alta, magra, com a pele levemente bronzeada e um olhos azuis que chamavam a atenção mesmo a quilômetros de distância. E o que era aquele corpo chamando para o pecado e aquele jingado no meio da pista de dança? Não! Definitivamente ele não sairia dali sem pelo menos tentar conquistar a beldade. Tomou coragem e chegou para perto dela, pensando que bonita daquele jeito ela devia ser meio burrinha e iria se encantar com sua rcém graduação em Direito e seu Audi parado no estacionamento.
- Oi gata!
- Oi - disse ela mascando seus chicletes e com uma vozinha ronronante.
- Qual é o seu nome, lindinha?
- Aline, e o seu?
- Paulo Otávio. Você é daqui?
- Sou.
- Trabalha, estuda?
- Estudo.
- Faz o que, gatinha?
- Física.
- Hhuuuummm, Educação Física, muito bom, saradinha, com tudo no lugar. Muito bem!
- Não, você se enganou. Eu faço Física mesmo, na Federal. Estou terminando meu TCC: "Os Indícios Observacionais da Radiação dos Buracos Negros Sob o Ponto de Vista do Determinismo Científico Segundo Laplace - Uma Visão do Futuro". Legal, né? - disse ainda mascando aqueles mesmos chicletes e sem parar de dançar.
- Ham-hum... bem, gatinha, eu tenho que ir ao banheiro, mas foi um prazer te conhecer.
- O prazer foi meu! Mas, você sabia que, enquanto danço, morrem várias nuvens de mésons virtuais que cercam cada núcleon e que, quando um nucléon é atingido por uma outra partícula que se move a uma velocidade elevada, parte da energia de movimento dessa partícula pode ser transferida para um méson virtual?
- Heeein?
- É que os mésons virtuais...
- Deixa pra lá gatinha, `tão me chamando no celular.
- `Tá bom. Prazer!
- O prazer foi meu.
E lá se foi Paulo Otávio para o outro lado do salão, buscando uma nova conquista mais, por assim dizer, normal.
E Aline jurou que aquela era a última vez que iria dizer a verdade. Na próxima iria se apresentar como recepcionista de academia. Afinal, a continuar daquele jeito, ia acabar solteirona.
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