Da cor púrpura, quando ficar velha
Published by Adriana Neumann under on 10:55:00 AM
Quando eu ficar velha, quero usar roupas de cor púrpura.
Quero pegar mais lápis e bloquinhos em hotéis
e fazer coleções de caixas vazias e de coisas inúteis.
Quero poder comer suspiro uma semana inteira sem medo de engordar.
Quero sacudir meu guarda-chuva para pessoas mais jovens -
e eles permitirão isso, dizendo que é coisa de gente caduca.
Então, vou me sentar no meio-fio
e vou me comportar de maneira absolutamente escandalosa,
falar alto,
rir alto,
dizer todas as verdades a todas as pessoas sem medo de ser reprimida
e mais uma vez tudo isso me será permitido,
porque somente aos velhos é permitido se comportar como crianças.
Vou usar estranhos chapéus de grandes e escandalosas abas,
estranhas roupas,
loucos óculos escuros,
uma bela bengala dourada
e roxo com vermelho,
tudo o que sempre quis usar
mas nunca tive coragem.
Entretanto, é melhor começar a fazer isso a partir de hoje.
Desta maneira, minha família não ficará escandalizada quando mais velha
eu de repente começar a me vestir de cor púrpura.
Este texto foi adaptado de uma poesia de autora anônima, escrita num quadrinho, num hall de hotel qualquer, no meio de uma estrada qualquer.
Quero pegar mais lápis e bloquinhos em hotéis
e fazer coleções de caixas vazias e de coisas inúteis.
Quero poder comer suspiro uma semana inteira sem medo de engordar.
Quero sacudir meu guarda-chuva para pessoas mais jovens -
e eles permitirão isso, dizendo que é coisa de gente caduca.
Então, vou me sentar no meio-fio
e vou me comportar de maneira absolutamente escandalosa,
falar alto,
rir alto,
dizer todas as verdades a todas as pessoas sem medo de ser reprimida
e mais uma vez tudo isso me será permitido,
porque somente aos velhos é permitido se comportar como crianças.
Vou usar estranhos chapéus de grandes e escandalosas abas,
estranhas roupas,
loucos óculos escuros,
uma bela bengala dourada
e roxo com vermelho,
tudo o que sempre quis usar
mas nunca tive coragem.
Entretanto, é melhor começar a fazer isso a partir de hoje.
Desta maneira, minha família não ficará escandalizada quando mais velha
eu de repente começar a me vestir de cor púrpura.
Este texto foi adaptado de uma poesia de autora anônima, escrita num quadrinho, num hall de hotel qualquer, no meio de uma estrada qualquer.
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