Do Terror e do Profeta
Published by Adriana Neumann under on 5:34:00 PM
Fiz uma descoberta interessante: que já tive meu momento de pragmatismo. Era 1983 ou 1984 e discutia com um grupo sobre a guerra fria. Os dinossauros devem se lembrar desse tempo, já que em todo lugar, onde houvesse uma rodinha de debates, o tal assunto vinha à tona: EUA e URSS - sim, a Rússia ainda se chamava União Soviética! - deveriam se desarmar ou manter seu arsenal bélico? Isso seria justificável? E por aí as discussões seguiam...
E eu, num desses momentos, disse ser favorável ao equilíbrio do terror, com a manutenção do armamento por ambas as potências, o que evitaria que um dia elas declarassem a temida Terceira Guerra Mundial, que viria a destruir o mundo. Quem assistiu ao filme 'The Day After' sabe do que eu estou falando.
Enfim, o mais curioso é que eu desconhecia essa minha opinião - ou dela não lembrava - até mais ou menos seis horas atrás. Quem me falou dela foi um amigo, ex-colega da classe de música, que eu não via há 24 anos e com quem me encontrei há pouco!! Disse-me ele que se lembrava de mim por causa dessa discussão, já que era comum aos adolescentes ser idealistas e que eu, curiosamente, andava na contramão. Eita mania de ser do contra...
Feitas as despedidas, voltei pra casa pensando com meus botões em tudo o que posso ter deixado pra trás na minha vida. Então, resolvi ir ao baú onde tenho meus guardados e procurar esses fatos esquecidos.
Foi então que tive a surpresa de encontrar coisas que mal podia acreditar serem minhas. A mais curiosa - podem rir - é um esboço de um roteiro para um filme. Era uma história amalucada, de um falso profeta que seduz a população de uma cidadezinha e que é assassinado por um ex-seguidor seu, que descobre sua verdadeira natureza e intenções. O criminoso é julgado e condenado à morte. Enquanto espera sua execução, ouve um novo 'profeta' chegar à cidade - o que se identifica pela música dele. Pensando bem, até que não deixa de ter um tema bem atual.
A trilha sonora do filme era boa, composta de muito rock n' roll, de bandas clássicas, a maioria Queen. Na ordem de execução estavam:
1- One Man Band, Roger Daltrey
2- The Prophet's Song, Queen
3- Slow Marching Band, Jethro Tull
4- Death on Two Legs, Queen
5- Bohemian Raphsody, Queen
6- One Man Band (reprise)
Verdade que o tal roteiro nunca saiu daquele ponto nem daquele baú. Ninguém sequer até agora soube da existência dele - o primeiro será você que, ao acaso, por aqui passar. O que não faz o semi-anonimato, hein?
Mas agora, a pergunta que martela na minha cabeça: onde foi parar aquela minha criatividade, afinal?
E eu, num desses momentos, disse ser favorável ao equilíbrio do terror, com a manutenção do armamento por ambas as potências, o que evitaria que um dia elas declarassem a temida Terceira Guerra Mundial, que viria a destruir o mundo. Quem assistiu ao filme 'The Day After' sabe do que eu estou falando.
Enfim, o mais curioso é que eu desconhecia essa minha opinião - ou dela não lembrava - até mais ou menos seis horas atrás. Quem me falou dela foi um amigo, ex-colega da classe de música, que eu não via há 24 anos e com quem me encontrei há pouco!! Disse-me ele que se lembrava de mim por causa dessa discussão, já que era comum aos adolescentes ser idealistas e que eu, curiosamente, andava na contramão. Eita mania de ser do contra...
Feitas as despedidas, voltei pra casa pensando com meus botões em tudo o que posso ter deixado pra trás na minha vida. Então, resolvi ir ao baú onde tenho meus guardados e procurar esses fatos esquecidos.
Foi então que tive a surpresa de encontrar coisas que mal podia acreditar serem minhas. A mais curiosa - podem rir - é um esboço de um roteiro para um filme. Era uma história amalucada, de um falso profeta que seduz a população de uma cidadezinha e que é assassinado por um ex-seguidor seu, que descobre sua verdadeira natureza e intenções. O criminoso é julgado e condenado à morte. Enquanto espera sua execução, ouve um novo 'profeta' chegar à cidade - o que se identifica pela música dele. Pensando bem, até que não deixa de ter um tema bem atual.
A trilha sonora do filme era boa, composta de muito rock n' roll, de bandas clássicas, a maioria Queen. Na ordem de execução estavam:
1- One Man Band, Roger Daltrey
2- The Prophet's Song, Queen
3- Slow Marching Band, Jethro Tull
4- Death on Two Legs, Queen
5- Bohemian Raphsody, Queen
6- One Man Band (reprise)
Verdade que o tal roteiro nunca saiu daquele ponto nem daquele baú. Ninguém sequer até agora soube da existência dele - o primeiro será você que, ao acaso, por aqui passar. O que não faz o semi-anonimato, hein?
Mas agora, a pergunta que martela na minha cabeça: onde foi parar aquela minha criatividade, afinal?
4 comentários:
Pois eu gostaria muito de ler o tal livro! Achei ótimo o argumento!
Na época da guerra fria, eu fazia contas de quantos submarinos, tanques, ogivas... etc... cada um tinha!
Pois bem Flavinho, levei 24 anos só pra contar ao mundo que esses meus escritos existem. Imagine mais quanto tempo eu vou levar pra deixar alguém ler... talvez mais uns 50!!! rsrsrs
Calma, calma, é brincadeira... qualquer hora eu mostro as minhas anotações pra você. Chamá-las de livro, só uma alma generosa como a sua.
Beijo!
Olá... Finalmente estou visitando o seu blog, por sinal cheio das preciosidades rsrsrs Muito legal. Bom reler a história da adolescente que não era idealista e me deixou um pouco decepcionado à época, já que todos tínhamos de ser irrestritamente pela paz, contra Reagan e "sua" guerra nas estrelas, que afinal "só" destruiu a URSS como Estado etc. rsrsrs
Ah, amei o vídeo do gatinho... A minha faz mesmo assim... Dorme comigo, me acorda pra ganhar comida, pra dar voltinha pelo jardim à noite (e voltar depois, se despencando pela janela do banheiro, que tem muitas vezes a altura dela rs) e tem o lance das patinhas na coberta também, parece um velcro com garras rsrsrs Beijo.
Pois é, Saulo! Dessas lembranças é que a gente faz a nossa vida...
Fico feliz por vc ter gostado do blog. Espero novas visitas!
Tb vi o seu. Vejo que a Kalcinéri não está só! lol
Beijo
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