Colarinho Branco 2

Ontem saí com umas amigas à noite pra beber. Fomos a uma nova cervejaria que abriu (coisa de que Blumenau estava precisando, já que só tem uma dúzia, pelos meus cálculos...), com um lindo deck debruçado sobre o rio. Comecei com a Bohemia Confraria, uma delícia, com um sabor mais encorpado e que terminava num quê de cravo. Com pastéizinhos de bacalhau, era o seguinte! Depois, não me contive e cometi um crime do colarinho branco e arrematei com o chope da Einsenbahn, não sem antes pedir às minhas amigas que, se fosse presa por não passar no teste do bafômetro, me levassem chocolates Godiva na cadeia.

Essa turma é ótima. Somos nove mulheres que se reúnem com uma certa freqüência (o trema ainda 'tá valendo?) em torno de uma mesa. Sai de tudo um pouco: confissões que só são feitas com uma dose a mais, lembranças de tempos idos, conversas sobre política, religião, filosofia, culinária, tricô e crochê. Sem falar na sessão besteirol e nos loucos brindes feitos a cada rodada. É o que chamo de cumplicidade à mesa.

Não, não há nenhuma reflexão aqui, senão sobre a importância da amizade e do companheirismo. Mas, muito já se escreveu sobre isso e não há mais nada a falar, pelo que o silêncio aqui é a melhor palavra. Mas, preciso deixar esse momento registrado, pois é nas coisas simples e despretensiosas que às vezes residem as melhores lembranças.