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In that great getting´up morning... fare you well

Published by Adriana Neumann under on 9:07:00 AM
Hoje acordei e, de cara, constatei com tristeza que meu vizinho maluco-beleza-obssessivo-compulsivo-musicomaníaco está na fase forró dele.

Esse meu vizinho é uma figura; tem o gosto musical mais eclético que já vi e ouve todo tipo de música, o tempo todo que está em casa. Por isso que já acordo sentindo qual é a dele... e dessa vez é forró!!!

Aí eu não agüentei. Fui pra sala e lasquei o 2º Concerto para Piano de Rachmaninoff no último volume, pra abafar aquel som de Calypso e Calcinha Preta.

Não que eu seja elitista ao extremo, também tenho meus momentos de Bruno e Marrone. Mas, aquilo era demais. Pior só egüinha pocotó e festa no apê.

Mas, meu objetivo não era outro senão abafar aquele som horrível - não queria provocar.

OK, tudo ia bem até que vi que tinha que recolher minha roupa que estava pendurada no varal a área de serviço. Foi uma experiência terrível: vi meu Rachmaninoff misturado com aqueles gritinhos, aquela música desmelodiada e, pior, aquela letras horríveis e cafonas... o resultado é que, se tinha ficado deprimida por ouvir como primeiro acorde do dia, um derivado do forró, fiquei pior ainda comparando a beleza daquele concerto com a mediocridade daquilo que se ousa chamar de música.

Pensei: no que será que Deus pensa quando isso chega aos seus ouvidos? Será que fica com vontade de mandar um novo dilúvio ou fogo e enxofre? Sei não, aquela experiência me levou a reflexões profundas.

Não sei se pro meu bem ou pro meu mal, sempre tive esse gosto musical meio seletivo. Meu primeiro disco de música foi um com o 5º Concerto para Piano de Beethoven, que eu adoro desde criança. Na minha adolescência, as músicas que faziam sucesso - meio breguinhas por sinal - eram coisas do tipo "Menina Veneno" do Ritchie e uma tal de "Mama Maria", sei lá de quem. Ah, e tinha uma que dizia " eu fui dar mamãe, fui dar mamãe..." Eu, na contramão, ia a concertos, cantava em coral. Então, nunca fui muito adepta do que chamam de música popular.

Saí pro trabalho meio cabisbaixa, pensando nos contrastes da vida, quando ouvi minha outra vizinha, adolescente ainda, no seu estudo de violino. Fiquei contente de novo. Afinal, nem tudo está perdido.

Ouvi comentários não muito agradáveis sobre eu ter tido que o calvinismo ser uma fábrica de idiotices religiosas. Tudo bem, às vezes sou meio radical em meus comentários, mas da forma como o calvinismo me foi apresentado, só posso chegar a essa conclusão. Se houver algum calvinista aí querendo me convencer do contrário, estou às ordens.

E para que todos saibam no que acredito, aí vai meu credo, que escrevi há muito tempo:


Creio em Deus, que antes de tudo é Pai
E que tudo pode e tudo vê,
Que nos deu o presente da criação,
A quem não amamos como convém amar, por nossa própria maldade,
Mas que nos amou primeiro.
Creio em Jesus Cristo, filho de Deus,
Que, sendo grande, se fez pequeno como nós
E nasceu pobre, entre as dores de sua mãe.
Que cresceu como homem, labutou como homem
E amou como só Deus.
E que, por amor, sujeitou-se ao poder de Poncio Pilatos,
Arriscou-se a morrer para que tivéssemos vida em abundância,
Mas que venceu a morte, ressuscitando no terceiro dia,
Para nos mostrar que não é ela quem tem a última palavra.
Creio, ainda, que Jesus está junto do Pai, porque vive,
Mas virá novamente para nos buscar de volta para casa,
Não sem antes nos julgar,
Mas unicamente pelos seus singulares e indecifráveis critérios.
Creio na ação do Espírito Santo de Deus,
Que nos consola e nos capacita a ser mais do que poderíamos
Por nossas próprias forças,
Para que consigamos vencer a tentação de não amar, de julgar
E de renegar a misericórdia do Senhor.
Creio na Igreja Cristã, única e fraterna,
Santa e inabalável,
Na comunhão dos filhos de Deus,
Que são ao mesmo tempo santos e pecadores.
Creio, sobretudo, no perdão de nossas falhas,
Porque somos meninos e, por isso,
Agimos e vivemos como meninos.
Por fim, creio na ressurreição e transformação de nossa carne,
Frágil e maculada,
Em um corpo glorioso,
Digno de habitar na casa do Pai eternamente.

Dito isto, vou ficando por aqui.

1 comentários:

Christina Frenzel disse... @ 10 de fevereiro de 2006 às 15:00

Bem,
o Toy acha que "Eguinha PocoTOY" foi, digamos, composta para ele... rssssss

beijos

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