Quanto tempo hein?
Published by Adriana Neumann under on 2:23:00 PM
É verdade, faz tempo que não escrevo. Tanto tempo que, quando fui entrar aqui, tive que remexer no baú da memória pra me lembrar do login e da senha.
Mas, nesses últimos tempos, vinha sentindo que minha criatividade estava indo embora. Só que não sei se é isso exatamente ou se venho passando por uma época de mudanças, da qual o silêncio faz parte, definitivamente. Ou são as duas coisas juntas, sei lá.
Trocando em miúdos, eu andava sem nenhum saco mesmo. Mas, hoje resolvi atualizar minhas idéias aqui, embora duvide que alguém ainda se lembre de ler o blog, já que se passou tanto tempo. Enfim, fica pra posteridade. Quando eu estiver velhinha, vou poder refletir sobre como o tempo passa e influencia as pessoas no seu modo de pensar, de agir e de se portar diante da vida.
Digo isso porque, de uns tempos pra cá, embora mais amadurecida - o que não podia ser diferente -, sinto que minha esperança na humanidade tem diminuido e minha tolerância é também cada vez menor.
Como dizia um autor, o primeiro sintoma de decadência da civilização é a falta de educação. Dizia ele, também, que isso deveria ser punido com a morte, porque é o último crime que não tem desculpa. E pensar que o "não serás mal-educado" não faz parte do decálogo...
Mas, pensem comigo: às vezes o indivíduo mata por amor ou rouba por necessidade. Mas, ninguém deixa de ser polido por motivos altruístas. Não falo nem de deixar de colocar os cotovelos na mesa e não comer de boca aberta, isso é o de menos. Digo da falta de gentileza, de ceder o lugar aos mais velhos, de dar um bom dia, sorrindo pro outro, de falar as palavras por favor e obrigado.
Gritar merda, porra e puta que o pariu é normal, mandar tomar naquele lugar também. Mas, se alguém diz "por gentileza", ouve um ohhhhh!!! de admiração dos que o rodeiam, porque isso é algo que fugiu da normalidade. Daqui a pouco, esse indivíduo vai ser entrevistado pelo Pedro Bial no Fantástico e todos vão ficar estupefatos por ver tamanha proeza. Seria mais ou menos assim:
- Quer dizer que o senhor falou "por gentileza", ao solicitar uma informação...
- Sim, foi exatamente isso.
- Certo, e o que o senhor pretendia agindo assim?
- Não pretendia nada, só achei que era adequado.
- Somente isso? Mas, o senhor não tinha noção de que dizendo "Porra, me diz aí..." teria a informação prestada do mesmo jeito?
- Sabia.
- Então, por que não fez assim?
- Porque não achava certo.
- Só por isso?
- Só.
- Desculpe-me, mas o senhor não me convence. Havia outras intenções por trás dessa polidez toda. E é isso que queremos descobrir...
É exagero, eu sei, mas a verdade é que existe uma tamanha inversão de valores, que sequer alguém tem o direito de se ofender quando outro lhe diz que as coisas que ele fala são asneiras. Na verdade, às vezes nem se ofende, porque se acostumou a ser tratado dessa maneira.
Reconheço que talvez seja antiquada, mas ainda prezo a boa educação, porque isso é reflexo do amor ao próximo. Quando ela acaba, é porque o amor já foi pro espaço e as pessoas já nem se importam em sequer manter as aparências.
Não, não e não!! Serei uma eterna inconformada com isso.
Estou errada? Penso que não. Se estiver, me digam. Se não estiver, façam a sua parte: digam não á falta de educação; incentivem o seu próximo a dizer "por favor" e "obrigada". Sei que é difícil no começo, a língua fica travada, mas depois sai.
Outra coisa, mas isso é pedir demais... assumir o erro e pedir desculpas também é uma coisa boa.
Por fim, que tal debater, lutar pelo que é certo, mas sem ofender o próximo? Tão fácil, é só se colocar no lugar dele. É só saber que ele tem o direito até de ser burro, se quiser. Você é que não tem o direito de jogar na cara as suas vicissitudades. Exortar, sim. Diminuir, nunca!
Não preciso dizer que sou cirstã, não é? Não preciso dizer o quanto amo e admiro e sou fã dessa figura intrigante chamada Jesus Cristo. Para mim, ele é o parâmetro. Não sou perfeita, sou grossa às vezes, mas acho que ainda guardo uma certa inocência para não causar o mal deliberadamente.
Será que sonho?
Mas, nesses últimos tempos, vinha sentindo que minha criatividade estava indo embora. Só que não sei se é isso exatamente ou se venho passando por uma época de mudanças, da qual o silêncio faz parte, definitivamente. Ou são as duas coisas juntas, sei lá.
Trocando em miúdos, eu andava sem nenhum saco mesmo. Mas, hoje resolvi atualizar minhas idéias aqui, embora duvide que alguém ainda se lembre de ler o blog, já que se passou tanto tempo. Enfim, fica pra posteridade. Quando eu estiver velhinha, vou poder refletir sobre como o tempo passa e influencia as pessoas no seu modo de pensar, de agir e de se portar diante da vida.
Digo isso porque, de uns tempos pra cá, embora mais amadurecida - o que não podia ser diferente -, sinto que minha esperança na humanidade tem diminuido e minha tolerância é também cada vez menor.
Como dizia um autor, o primeiro sintoma de decadência da civilização é a falta de educação. Dizia ele, também, que isso deveria ser punido com a morte, porque é o último crime que não tem desculpa. E pensar que o "não serás mal-educado" não faz parte do decálogo...
Mas, pensem comigo: às vezes o indivíduo mata por amor ou rouba por necessidade. Mas, ninguém deixa de ser polido por motivos altruístas. Não falo nem de deixar de colocar os cotovelos na mesa e não comer de boca aberta, isso é o de menos. Digo da falta de gentileza, de ceder o lugar aos mais velhos, de dar um bom dia, sorrindo pro outro, de falar as palavras por favor e obrigado.
Gritar merda, porra e puta que o pariu é normal, mandar tomar naquele lugar também. Mas, se alguém diz "por gentileza", ouve um ohhhhh!!! de admiração dos que o rodeiam, porque isso é algo que fugiu da normalidade. Daqui a pouco, esse indivíduo vai ser entrevistado pelo Pedro Bial no Fantástico e todos vão ficar estupefatos por ver tamanha proeza. Seria mais ou menos assim:
- Quer dizer que o senhor falou "por gentileza", ao solicitar uma informação...
- Sim, foi exatamente isso.
- Certo, e o que o senhor pretendia agindo assim?
- Não pretendia nada, só achei que era adequado.
- Somente isso? Mas, o senhor não tinha noção de que dizendo "Porra, me diz aí..." teria a informação prestada do mesmo jeito?
- Sabia.
- Então, por que não fez assim?
- Porque não achava certo.
- Só por isso?
- Só.
- Desculpe-me, mas o senhor não me convence. Havia outras intenções por trás dessa polidez toda. E é isso que queremos descobrir...
É exagero, eu sei, mas a verdade é que existe uma tamanha inversão de valores, que sequer alguém tem o direito de se ofender quando outro lhe diz que as coisas que ele fala são asneiras. Na verdade, às vezes nem se ofende, porque se acostumou a ser tratado dessa maneira.
Reconheço que talvez seja antiquada, mas ainda prezo a boa educação, porque isso é reflexo do amor ao próximo. Quando ela acaba, é porque o amor já foi pro espaço e as pessoas já nem se importam em sequer manter as aparências.
Não, não e não!! Serei uma eterna inconformada com isso.
Estou errada? Penso que não. Se estiver, me digam. Se não estiver, façam a sua parte: digam não á falta de educação; incentivem o seu próximo a dizer "por favor" e "obrigada". Sei que é difícil no começo, a língua fica travada, mas depois sai.
Outra coisa, mas isso é pedir demais... assumir o erro e pedir desculpas também é uma coisa boa.
Por fim, que tal debater, lutar pelo que é certo, mas sem ofender o próximo? Tão fácil, é só se colocar no lugar dele. É só saber que ele tem o direito até de ser burro, se quiser. Você é que não tem o direito de jogar na cara as suas vicissitudades. Exortar, sim. Diminuir, nunca!
Não preciso dizer que sou cirstã, não é? Não preciso dizer o quanto amo e admiro e sou fã dessa figura intrigante chamada Jesus Cristo. Para mim, ele é o parâmetro. Não sou perfeita, sou grossa às vezes, mas acho que ainda guardo uma certa inocência para não causar o mal deliberadamente.
Será que sonho?
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