Devassa
Published by Adriana Neumann under on 7:32:00 AM
Acho que já não é mais novidade que o CONAR proibiu a veiculação do comercial da cerveja Devassa, com a Paris Hilton, sob o fundamento de que ela desvaloriza a mulher e tem forte apelo sexual.
Achei uma enorme hipocrisia. Não é porque um comercial de cerveja deixou de ser veiculado que os homens vão deixar de olhar pra retaguarda de uma mulher e ela se achar o máximo por isso.
Mais: não sei onde a mulher é desvalorizada. No comercial, Paris Hilton (a propósito, assumidamente devassa) simplesmente domina o vizinho voyeur e cercanias... não, isso não é desvalorização. Ao contrário, isso é poder!! Afinal, atire a primeira pedra a mulher que não se sinta valorizada justamente porque é o centro das atenções em razão do que é e do que representa.
E aí que está a questão. Ellen Gracie Northfleet é o centro das atenções porque é ministra do STF. Já Paris Hilton, porque é uma devassa sexy. E tudo bem! Afinal, se nós, mulheres, buscamos a nossa liberação é porque queremos ter a liberdade de ser o que quisermos ser sem estar submetidas ao julgamento dos que nos cercam. Deveríamos poder ser donas de casa cheias de filhos, playmates ou ministras do STF sem que tivéssemos que dar satisfação da nossa vida pra ninguém ou sem que algum conselho regulamentador de alguma coisa dissesse que nós estávamos sendo desvalorizadas.
Mas não é isso que acontece. As feministas e seu séquito nos impõem um jugo demasiado pesado. Determinou-se um modelo e dele não podemos fugir: devemos trabalhar fora em alguma atividade excessivamente inteligente, ser austeras e, de certa maneira, assexuadas. Não podemos ficar em casa, donas de casa são vistas como submissas e ignorantes. Se trabalhamos, jamais poderá ser como modelos de cerveja. Devemos nos despir de tudo que inspire qualquer pensamento mais ousado no público masculino. Beleza, magreza e, principalmente, bumbum avantajado são imperdoáveis.
Daí pergunto: haveria liberdade nisso tudo? Não, claro que não. Apenas estaríamos trocando uma escravidão pela outra.
Paris Hilton é devassa? É. É um modelo a ser seguido? Para mim, não. Mas, isso é problema dela, unicamente dela.
Portanto, gostaria que o CONAR e instituições do tipo buscassem proteger os direitos daqueles que não têm como se defender: crianças, por exemplo. Nós não precisamos, obrigada!
Achei uma enorme hipocrisia. Não é porque um comercial de cerveja deixou de ser veiculado que os homens vão deixar de olhar pra retaguarda de uma mulher e ela se achar o máximo por isso.
Mais: não sei onde a mulher é desvalorizada. No comercial, Paris Hilton (a propósito, assumidamente devassa) simplesmente domina o vizinho voyeur e cercanias... não, isso não é desvalorização. Ao contrário, isso é poder!! Afinal, atire a primeira pedra a mulher que não se sinta valorizada justamente porque é o centro das atenções em razão do que é e do que representa.
E aí que está a questão. Ellen Gracie Northfleet é o centro das atenções porque é ministra do STF. Já Paris Hilton, porque é uma devassa sexy. E tudo bem! Afinal, se nós, mulheres, buscamos a nossa liberação é porque queremos ter a liberdade de ser o que quisermos ser sem estar submetidas ao julgamento dos que nos cercam. Deveríamos poder ser donas de casa cheias de filhos, playmates ou ministras do STF sem que tivéssemos que dar satisfação da nossa vida pra ninguém ou sem que algum conselho regulamentador de alguma coisa dissesse que nós estávamos sendo desvalorizadas.
Mas não é isso que acontece. As feministas e seu séquito nos impõem um jugo demasiado pesado. Determinou-se um modelo e dele não podemos fugir: devemos trabalhar fora em alguma atividade excessivamente inteligente, ser austeras e, de certa maneira, assexuadas. Não podemos ficar em casa, donas de casa são vistas como submissas e ignorantes. Se trabalhamos, jamais poderá ser como modelos de cerveja. Devemos nos despir de tudo que inspire qualquer pensamento mais ousado no público masculino. Beleza, magreza e, principalmente, bumbum avantajado são imperdoáveis.
Daí pergunto: haveria liberdade nisso tudo? Não, claro que não. Apenas estaríamos trocando uma escravidão pela outra.
Paris Hilton é devassa? É. É um modelo a ser seguido? Para mim, não. Mas, isso é problema dela, unicamente dela.
Portanto, gostaria que o CONAR e instituições do tipo buscassem proteger os direitos daqueles que não têm como se defender: crianças, por exemplo. Nós não precisamos, obrigada!
2 comentários:
Peeeeeeeeeeeerfeito... como sempre!
Demais! Feminismo é emancipação e ponto. Se tu quer ser dona-de-casa ou a bunda do comercial, feel free. Vì o filme "O Sorriso de Monalisa" e me lembrei disso tb.
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